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Inteligência Artificial e educação: desafios e oportunidades
Se tem um assunto que está muito em alta recentemente é a inteligência artificial, mas o que poucas pessoas sabem é que como campo de conhecimento, ela existe desde 1956, na Conferência de Dartmouth! De lá para cá, muitas inovações surgiram para otimizar processos do dia a dia, mas sempre de mãos dadas com uma pergunta: qual o papel da tecnologia na educação?
Antes de mergulhar na questão, a pesquisadora Priscila Gonsales convida a fazer uma pausa e refletir, pois, afinal, como podemos pensar o papel da inteligência artificial na educação sem antes entender o que é essa tecnologia? Respondemos: a IA é um campo de estudo que combina algoritmos a conjuntos de dados para a resolução de problemas; para isso, ela utiliza como base o aprendizado de máquina, imitando as redes neurais profundas do cérebro.
A inteligência artificial elimina parte da intervenção humana manual e, por meio de correlações matemáticas, gera resultados preditivos, com base nos dados que a alimenta. Você já teve a sensação de que todo mundo está falando sobre o mesmo assunto na rede social ou que mesmo pesquisando um produto apenas uma vez, de repente parece surgir vários anúncios a respeito? Não é por acaso!
O futuro, hoje
Num primeiro momento, podemos dar um sobressalto ao saber que 34% de todas as tarefas serão realizadas por máquinas até 2027 (Fórum Econômico Mundial), mas é importante lembrar que um dos principais objetivos da IA é criar serviços eficientes que otimizam o nosso recurso mais valioso: o tempo.
Pode ser difícil pensar que um dia já existiu no mundo a profissão de acendedor de lampião; e acredite, quando surgiram os postes elétricos, houve grande desconforto, mas é assim que a tecnologia atua. Com a inteligência artificial, não é diferente: ela pode assumir tarefas rotineiras e permitir que utilizemos nossas habilidades para atividades mais estimulantes e desafiadoras.
O que o ChatGPT tem a ver com isso?
Nesse sentido, o ChatGPT tem gerado uma série de inquietações sobre como irá transformar a educação. Estamos falando de uma inteligência artificial de técnica generativa, que foi treinada com a produção de conhecimento disponível na internet até 2021 e segue aprendendo com feedbacks de usuários, criando conteúdos conforme a demanda. Redações, roteiros de viagens e até dinâmicas em sala de aula são apenas algumas possibilidades.
O diferencial é o fator chat: a IA se expressa como se estivesse em uma conversa humana e se lembra dos assuntos que vocês conversaram antes. Mas não se deixe levar: um ponto que merece atenção é a possibilidade de desinformação, erros e até conteúdo inventado, uma vez que os dados que a abastecem já estão desatualizados.
Inteligência para além da artificial
A ZOOM convidou a Priscila Gonsales para explorar as relações entre a inteligência artificial e a educação em nossa Live Pré Bett. Mestre em tecnologias da inteligência e design digital, ela reforça que é importante entender o que está por trás de tudo isso.
“Nossa vida é mediada pela tecnologia em um processo contínuo de inter-relações”, Priscila explica que essas relações vão desde informações básicas, como nossa localização e horário de conexão, até nossa cultura e identidade, o que levanta uma nova questão: como a IA está utilizando nossos dados?
Para a pesquisadora, “isso interfere em uma série de questões que já eram da nossa sociedade, mas que a IA torna mais forte, o que demanda de nós, educadores, reflexão e debates com nossos estudantes”. Priscila defende que precisamos ter em mente o que queremos para a educação do futuro, para então pensarmos qual é o papel da tecnologia e da escola.
Possibilidades da IA na educação
Quem continuou o debate na Bett Brasil foi a Solange Giardino, consultora da ZOOM que deu uma palestra aos visitantes sobre caminhos que podemos explorar nas relações entre inteligência artificial e educação. Embora divididos em três grandes eixos, ela sugere que todos sejam abordados em conjunto:
– Aprendizagem sobre IA: entender o funcionamento por trás da tecnologia, o pensamento computacional no currículo auxilia nisso!
– Aprendizagem com IA: aplicar as diversas ferramentas nos componentes curriculares para auxiliar os processos de ensino e aprendizagem.
– Aprendizagem para IA: estimular o pensamento crítico, aprofundando as questões éticas e seus impactos na sociedade.
E por que aprender tudo antes, sozinho, quando você pode aprender junto com seus alunos? Solange reforça a necessidade do aprender na prática e estimular a troca de experiências com a turma. Para auxiliar nessa jornada, ela propõe que os educadores considerem o caminho da informação em suas dinâmicas:
- Atualidade da informação
- Relevância
- Fonte
- Veracidade
- Razão pela qual a informação existe.
Jornada Z: o estudante do século XXI
A educação tecnológica alinhada com as demandas do futuro faz parte do DNA da ZOOM. Na Jornada Z, vamos explorar a robótica, o pensamento computacional e a fabricação digital para resolver problemas e desenvolver projetos de maneira criativa. As tecnologias usadas em cada ano atuam como recurso pedagógico para auxiliar no desenvolvimento contínuo dos estudantes.
Uma das novidades que apresentamos para 2024 é a ampliação da adaptabilidade das sequências com o currículo escolar, com foco na experimentação e criação de projeto autorais. Vamos desenvolver habilidades e competências para preparar as crianças e jovens para os desafios do cotidiano, sendo agentes transformadores do seu mundo.
As sequências também estão ainda mais conectadas ao pensamento computacional! A partir de 2024, a Jornada Z integra desde a Educação Infantil ao Ensino Médio, com tecnologias progressivas adequadas a cada segmento. E como a BNCC irá permitir atividades plugadas desde primeira infância, a Jornada Z contará com o auxílio do robô Matata na Educação Infantil para iniciar a sequência gradativa de programação, com tecnologias progressivas, até o Ensino Médio.
Você está pronto para essa jornada? Clique aqui para começar, hoje mesmo, o futuro na sua escola.